Paz 29

“O sono da razão engendra monstros” escreveu um dia, tão a propósito também dos nossos tempos, Francisco de Goya y Lucientes. Perfinst para dez actores e roubando o nome ao espaço que o acolheu, PAZ 29 foi apresentado pelo seu criador, Luís Castro, da seguinte forma: “Com características diferentes daquelas que estou interessado em investigar nas minhas linhas de pesquisa de trabalho – mais próximas das artes plásticas, usando luz, som, imagem, objectos, seres vivos e, se algum, texto escrito – Paz 29 aproxima-se mais do teatro do que a minha vontade desejaria. Texto falado era necessário, contudo – dados o curto espaço de temo e a exiguidade de meios disponíveis –, para que as minhas posições relativas à apática e convencional sociedade portuguesa actual fossem conhecidas”. O espectáculo inspirou-se, entre outras fontes, em excertos de obras de José Mattoso, Miguel Torga, Michel Tournier, Lucrécio, A. Bracinha Vieira, John Elkington e Julia Hailes, Castro Pinto e Manuela Parreira, e António Pedro, em textos da Amnistia Internacional, e em material das publicações “Jornal dos Animais”, “Grande Reportagem”, “Expresso”, “Público”, “Visão”, “Colors” e “Tribuna Universal”.