A Fronteira – Karnart

Lisboa
Espaço Karnart
04 de Junho a 18 de Julho de 2008
Segunda-feira a Sexta-feira, 21h

Uma leitura inspirada no universo da escultura com uma forte marca de direcção de movimento. LA FRONTERA, curta peça de Laila Ripoll, autora espanhola contemporânea (n. Madrid 1964), nunca antes apresentada em Portugal, permite uma reflexão sobre o tema da emigração e centra a sua acção na luta entre um jovem – que quer atravessar uma fronteira à procura de melhores condições de vida – e um velho (o seu avô) que carrega aos ombros enquanto atravessa as águas lodosas de um esteiro, numa noite escura. Escrita em 2003, a peça estreou em 2004 no Teatro del Pueblo de Buenos Aires (Argentina), com direcção de Mariel Bignasco. Segundo Luís Castro, “enquanto estrutura de criação artística preocupada em intervir socialmente, este pareceu-nos um tema a abordar; encontrámos no texto de Laila Ripoll uma oportunidade para partilhar com os nossos espectadores uma reflexão sobre as motivações e as recusas da emigração, esse espelho de desigualdades e injustiças que ciclicamente se repete, cruzando gerações e povos e transformando países de emigrantes em países de imigrantes…”.

texto	Laila Ripoll
direcção artística e de produção	Luís Castro
criação e interpretação	André Amálio
	Miguel Costa
produção executiva	Inês Costa
grafismo e caracterização	Vel Z a partir de xilogravura de Lynd Ward
apoio ao movimento	Joana Furtado
espaço cénico e figurinos	Luís Castro
apoio à cenografia	Daniel Fernandes
apoio à dramaturgia	Maria Campos
sonoplastia e operação de som	Fernando Ferrinho
luminotecnia	Inês Pombo
operação de luz	J. Mota
apoio à imprensa	Nuno Pascoal

financiamento institucional

Ministério da Cultura / Direcção-geral das Artes

apoios

Faculdade de Medicina Veterinária, SIC, Rádio Europa Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa/Associação Turismo de Lisboa, Tóbis, Forum Dança, Delta Cafés.

agradecimentos

Fernando Ferreira (agradecimento especial), Bernando Chatillon, Cledna Petrato, Emanuel Arada, Fernando Grilo, Isabel Medina, Manuela Jorge, Marta Mendes, Susana Amaral, Ugo Froes, Vanda Leitão, e ainda Escola de Mulheres e C. E. M. Centro em Movimento.

Fotografias de Maria Campos

Cartaz

Selo

Expresso, Cristina Margato - 07 de Junho de 2008

Time Out Lisboa, Rui Monteiro - 11 de Junho de 2008

Time Out Lisboa, Rui Monteiro - 18 de Junho de 2008

Expresso, João Carneiro - 21 de Junho de 2008

Sábado, Rita Bertrand - 26 de Junho de 2008

Boa peça! Bom texto e uma boa interpretação. Foi a primeira vez que cá vim e gostei de todo o ambiente, conto voltar. Continuação de bom trabalho. Abraço!

O texto ganha “outro corpo” com a encenação e todo o trabalho de movimento... 30 minutos magníficos por todo o trabalho de interpretação. A ideia da “carga” emocional ser demonstrada como “carga” física é muito boa!

Inserção no espaço, direcção, movimento, não naturalismo na representação - tudo óptimo. Tive pena que fosse tão curto!

Muito interessante a solução cenográfica e de encenação. Este Karnart também carrega às costas a responsabilidade de continuar a luta por manter este ou outro espaço de liberdade artística, aberto e com uma lucidez tão necessária na Arte. Obrigada por não se deixarem cair.

Gostei. Achei muito interessante a repetição da parte física. Acho que funciona muito bem como modo de ambientação, de adaptação do espectador para o que se vai passar. Pessoalmente penso que os registos de voz poderiam estar um pouco mais diferenciados. Para mim aquele registo fazia sentido num dos personagens (ainda que o velho funcione como consciência do neto). Uma abordagem muito interessante sobre o tema Raízes. Obrigado.

Gostei bastante. Algo que vi com que muito me identifiquei. Por um lado a consciência que nos impede de deixar o que para nós pode ser importante ou o medo de enfrentar o desconhecido, por outro, o ter de enfrentar dia após dia as condições de merda que o país nos oferece. Muito boa luz, cenografia, direcção e caracterização de actores! Recomendo.

Um clique, “Karnart” e a “fronteira”. O que nos trouxe aqui por acaso (de Aveiro!), irá trazer-nos forçosamente no futuro.

Bom demais. Sem Palavras.

Um espectáculo diferente, original, muito físico, num espaço tão curto. Gostei da conjugação. Surpreendente.

Apesar de ser uma peça fantástica, tenho pena de ter uma plateia injusta. Foi sem dúvida alguma a melhor peça de teatro, ou a mais profissional, que já vi!

Ambos os actores estão de parabéns, fizeram uma peça espectacular e conseguiram passar uma mensagem “sólida” para o público. Encarnaram as personagens no seu melhor mesmo. Parabéns.

O espectáculo revela alguma entrega por parte dos actores. Estão de parabéns. O espectáculo foi bastante conseguido. Gostei. Abraço.

Fantástico!

Brilhante!

Não, não me enganei. Vi os dois espectáculos e gostei de ambos. Não conheço o texto da “Fronteira”, não sabia quem eram os actores, mas às vezes é óptimo partir à descoberta. Bem hajam!

Muitos Parabéns pela peça de teatro. Gostei da encenação; o texto é muito interessante e actual. A sala de espectáculo é agradável, com boa acústica. Aliás, todo o espaço é acolhedor. Mais uma vez parabéns pelo espaço e pela peça de teatro.

Acho importante repetir a qualidade e empenho despendidos neste espectáculo, critérios vistos claramente na peça. Acho que deveriam ser desenvolvidos mais trabalhos com este nível e penso que deveriam ter mais destaque nacional.

É de louvar todo o trabalho desta equipa. Continuem a dar vida ao teatro. Parabéns.

Gostei do texto e da encenação, mas pareceu-me demasiado curto, faltam qualquer coisa difícil de continuar ou talvez o obvio.

Muito bem representado. Ecléctica perfeita. Parabéns à encenação e aos actores. Pena que não consigam mais público.

Este foi um dos melhores espectáculos que já vi. Acho que os actores representaram muito bem e a historia estava muito bem representada.

Gostei muito desta peça, era simples e tinha um bom vocabulário. Os actores representaram muito bem. A história era bastante interessante. Espero voltar a ver uma peça destas.

Vocês são muito bons! Rigorosos!... Eficaz!

Texto sublime! Encenação fabulosa!

Gostei imenso. O que dizer mais? Estou sem palavras! Belo texto. Bela encenação. Música maravilhosa. A reflexão sobre alugar que ocupamos é a fazer-se. Lugar é onde estamos, a memória fica para depois.

Bom texto, encenação lapidar, bom trabalho de actores e iniciativa! Bom!!!

Magnificamente conseguido este pragmático choque geracional.

Belo trabalho. Movimento, luz, vozes. Texto de uma actualidade extrema, percorre uma (todas?) vida. “Este parte, aquele parte, todos se vão…” Para onde? Porquê? Tudo nos leva a pensar, a questionar. Por isso, talvez, tenha gostado tanto.

Muito bom! Gostei muito dos movimentos, do cenário e da música. O texto também era muito bom. Como sou emigrante tocou-me especialmente. Embora aquela parte do “palhaço do McDonalds” seja um bocado fora.