Ácido Azul

Espectáculo mais cinematográfico que teatral. O registo próximo do Naturalismo coloca o espectador como que “voyeur”, não sendo possível a distanciação. Excelente aproveitamento do espaço cénico, desmistificando o que é o espaço teatral. Todavia a instalação das salas contíguas ao espaço de representação propriamente dito, não tem para mim grande sentido no que é o espectáculo. Funcionam muito bem como instalação no espaço, mas não como continuidade dos outros dois espaços. Agradou-me bastante o trabalho de actor, embora de início o tom de voz (volume) estivesse demasiado alto para o espaço, e para a intimidade que me parece necessária entre os actores e o público. A personagem/“figura” construída pela actriz Rita Rodrigues tem uma força que define tudo o que se vai passar, em contraponto às outras duas personagens mais “reais”. Um projecto/espectáculo + instalação, que eu faço questão de separar, a rever, pelo lado orgânico como é apresentado. Parabéns à Lavínia Moreira, ao Pedro Carmo e a todos os que apostaram no que eu vi e senti na ZDB.

Lindo!!!

Bom, não sei bem o que dizer porque fiquei mesmo sem palavras.... Achei lindo! Como é que com um espaço tão pequeno, um cenário tão simples e apenas dois actores se faz uma peça assim... Ri... Chorei... E vivi juntamente com aquela história que me contaram... (...) Parabéns mesmo! A peça é linda. Obrigada.

“Ácido Azul”: Forte, chocante e realista; cenário do submundo das grandes cidades. Excelente trabalho! Apenas um pequenino “senão” na interpretação, que terá a ver com a tradução, “okey” também tem tradução. Na cama, Roberta pronuncia por diversas vezes “okey” o que retira, na minha modesta opinião, algum romantismo ao que se propõe na cena. PARABÉNS!

Se a recepcionista e a instalação me pareceram desnecessários na sua forma actual, evocando mais um comboio-fantasma do que uma disposição ligada e conducente à peça, pelo contrário esta interessou-me muito. O “overacting” dos actores dá-nos um recuo que não nos deixa cair na tentação do “realismo”. A adaptação da peça é discreta e por isso bem feita. Apenas faltou polir um pouco a linguagem (refiro-me particularmente ao emprego da palavra “Luta”, quando estava à espera da palavra “Porrada”, por exemplo).

Geral: gostei bastante. Achei que era uma prova de que não são precisos grandes meios para se fazer muito bom teatro. O conceito Perfinst, embora esteja pouco dentro do assunto, pareceu-me muito bem aplicado. Os actores estavam bem, contudo acho que um bocadinho menos de tensão não prejudicaria o espectáculo. Às vezes se se força muito as coisas, elas perdem-se. Eu sei por experiência própria, sem pedantismo algum da minha parte. Resumindo: muitos parabéns!

Gostei bastante, especialmente no que diz respeito ao trabalho de actores, e à visão que o espaço cénico proporcionava de uma relação intimista e de aproximação entre o/s actor/es e o/s espectador/es, fazendo com que a representação se torne em algo vivo, directo, tocante e que através de um distanciamento teatral necessário, consiga surgir uma aproximação e um envolvimento do público com uma realidade, que tocando em pontos diversos acaba por dizer respeito a todos e a cada um, quando como espectador e fazendo parte daquela sala e daquele quarto se vive em poucas horas a história, os sonhos e o encontro dos dois amantes.

Achei muito bom o ambiente recriado, as salas por onde se tem de passar e a forma como envolvem o público num ambiente sinistro. Apesar da peça ter um argumento bastante simplista acho que prima por este aspecto também. Um detalhe que não me consigo esquecer é da música, acho que estava excessivamente bem aplicada a situação. Em suma é uma peça que recomendo vivamente.

Um espectáculo envolvente, onde o espectador faz parte do espaço e das emoções fazendo-nos sentir, ou seja identificando-nos com a vida que envolve os actores. Estamos ali, somos aquilo, sentimos aquilo. A Lavínia e o Pedro foram “reais”. E a encenação do espaço e a iluminação transforma o espaço íntimo no cruzar dos olhares. Obrigado e meus parabéns (queremos mais).

Um excelente espaço, que estando em ruínas, serve bem aquelas duas personagens: duas personagens em ruína numa casa em ruínas. Não seriam necessários os praticáveis para “mostrar” teatro – é interessante a relação dúbia entre público, actores e espaço; o espectador voyaeur na ilha do quarto (por exemplo) mas também a proximidade de todos aqueles sentimentos que são sentidos por nós, não sendo “exclusivos” de uma classe específica mas de todos os que estão sós. Um bom/excelente trabalho dos actores mas seria óptima uma maior “nuance” dos sentimentos.

Os actores eram excelentes. A obra transmite-nos uma pincelada de azul ao cinzento real dos nossos dias.

Fala do Amor. Do Amor entre duas pessoas, aparentemente tão diferentes (eu acho que eram muito parecidas). Gostei da evolução delas, o seu percurso, as variações de humor, de sentimentos – uma delícia. Bonito trabalho o do Pedro. Gostei. Gostei muito. Parabéns. Até à próxima peça.

Muito bom!!

Gostei bastante do percurso. Não gostei muito de algumas instalações. Gostei do espaço do café e do quarto. Uma encenação decerto que teve trabalho de direcção de actores muito boa e então com resultados satisfatórios bastantes. Roberta e Dani muito bem. Interessou-me particularmente o nível de intimidade que um espectáculo assim permite. Uma realidade, um realismo que faz falta.

Achei que faltava sentimento aos actores. Gostei imenso da peça. A ideia de pôr duas pessoas desconhecidas frente a frente e levá-las a mostrarem-se e a desafiarem-se constantemente é genial!

Gostei, pura e simplesmente gostei. Achei que a sinceridade dos actores nas personagens que fizeram nascer foi surpreendentemente bonita. Convenceram-me. Para além de tudo a história era de uma simplicidade comovedoramente real. Muito bom! Só não compreendi a relação entre os quadros da entrada com o resto. Embora muito bonitos e com atmosfera, não compreendi.

Muito emocionante. Extremamente real e muito actual. Excelente.

Gostei bastante. Houve vezes em que fazia o possível para não fazer barulho ao mexer-me.???? Porquê???... Senti-me talvez como um intruso fechado num bar e depois num quarto em que um casal partilhava momentos tão íntimos e delicados. Gostei desta sensação, da dinâmica do espectáculo, do espaço que era tão próprio. O assunto é tão vulgar e ao mesmo tempo tão único e íntimo, faz parte de todos nós, vivemo-lo todos os dias e a cada dia escondemo-lo quando talvez procuramos alguém com quem partilhar. Tenho ainda que digerir tudo isto, só consigo dizer Parabéns porque é preciso falar nestas coisas e esta maneira foi tão bonita... e completa. Parabéns Luís, Velez, Lavínia, Pedro e etc. Adeus, até à próxima e obrigado.