Equívoco

Imagem de Vel Z
LOCAL E DATAS
Lisboa
Espaço Karnart
03 a 19 de Junho de 2005
Terça-feira a Domingo, 22.00h
APRESENTAÇÃO

Espectáculo de perfinst criado sobre a peça de teatro “Le Malentendu” de Albert Camus, EQUÍVOCO foi a segunda unidade da trilogia de espectáculos de perfinst TRIFAMI (trilogia “família”), da qual fizeram parte também YERMA de Federico Garcia Lorca, e EQUERMA, cruzamento experimental dos dois anteriores. Luís Castro, no dia 26 de Maio de 2005, escreve o seguinte texto para o Programa do Espectáculo: “EQUÍVOCO”, peça de teatro escrita por Albert Camus em 1943, duas mulheres, mãe e filha, proprietárias de uma estalagem no centro da Europa, matam e roubam hóspedes ricos para poderem mudar de vida partindo para um país quente. O cliente por que esperam na noite em que decorre a acção é o próprio filho e irmão, que partira vinte anos antes. Segunda parte de TRIFAMI, “trilogia família” com que a KARNART C. P. O. A. A. se candidatou aos Concursos Pontuais de Teatro do Ministério da Cultura para 2004, EQUÍVOCO – juntamente com YERMA, que daquela foi a primeira parte, apresentada na Sala Rosa do ESPAÇO KARNART entre 06 e 24 de Abril, e EQUERMA, terceira parte da trilogia e cruzamento experimental dos dois anteriores, a acontecer na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II entre 14 e 31 de Julho próximos – ajuda-nos a reflectir sobre as formas clássicas de organização antropológica das sociedades. Estes são dois textos em que famílias chamadas tradicionais se autodestroem, e numa época em que se discutem novas formas de estruturação familiar (uniões de facto homo e heterossexuais, relações mono e pluriparentais, direito à adopção, etc.) com as quais estamos absolutamente de acordo, parece-nos fundamental marcar sobre este assunto uma posição clara. Ser contudo, do ponto de vista da produção, forçado a construir em cinco meses no ano de 2005 e sob pressões de calendário várias, um projecto de três espectáculos centrado em dois magníficos clássicos que deveria ter crescido ao longo de nove meses no ano de 2004, é uma verdadeira e perigosamente inesquecível aventura. Comparámos diferentes traduções de LE MALENTENDU, experimentámos diferentes versões dramaturgicas alterando ou respeitando a ordem de cenas do autor, delineámos variados espaços cénicos passando por estrados e corredores, inspirámo-nos na cor da omnipresente barragem do texto para a criação dos figurinos, bebemos em clássicos da pintura renascentista e do cinema a inspiração para a caracterização e, chocados, não pudemos deixar de aliar aos magníficos violinos que usamos na banda sonora uma referência ao actual e prepotente, conservador e homofóbico, Papa Bento XVI. Fizemos audições para escolher actores para os três personagens mais jovens e atirámo-nos ao trabalho – com o horror que o exíguo prazo de criação de seis semanas, para um clássico a reinventar, nos proporcionava; e mais uma vez conseguimos. Como aconteceu com ESCRAVO DOUTROS em Fevereiro e YERMA, como vai acontecer com EQUERMA em Julho, com HOMOSSEXUAL em Outubro, com SATIROTIC em Dezembro. Que mais uma vez o público desfrute de um objecto artístico do colectivo KARNART, desta feita um Perfinst da zona mais teatral do espectro que vai das Artes Plásticas às Artes Performativas, e sempre forçosamente interventivo.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

produção

KARNART C. P. O. A. A.

concepção, direcção, tradução e dramaturgia

Luís Castro

colaboração plástica, imagem para divulgação e grafismo

Vel Z

interpretação

Afonso de Melo [Jan, o Filho]

Bibi Perestrelo [O Velho Criado]

Fernanda Neves [A Mãe]

Mónica Garcez [Marta, a Filha]

Vera Alves [Maria, a Nora]

produção executiva

Gisela Barros

figurinos

Fernanda Ramos

fotografias

Maria Campos

apoio ao movimento

Rafael Alvarez

banda sonora e operação de som

Sérgio Henriques

desenho de luz

João Lopes Alves

operação de luz

Nuno Domingos

assessoriade imprensa

Rita Bonito

registo audiovisual

Tiago Pereira
FINANCIAMENTO E APOIOS

co-produção

Teatro Nacional D. Maria II

financiamento institucional

Ministério da Cultura / IA – Instituto das Artes

apoio

Faculdade de Medicina Veterinária, Camara Municipal de Lisboa, Associação Turismo de Lisboa, Radio Paris-Lisboa, Orcopom, Gipsyhair, e ainda PT (mecenas exclusivo do TNDM.II).

agradecimentos

Arlindo Fernandes, Bernardo Chatillon, Bruno Castro Fernandes, Catarina Neves Dias, Carlos Avilez, Ingrid Fortez, Isabel Gaivão, João Vasco, João Leonardo, Jorge Rodrigues, Luz da Camara, Maria Pilar Vicente Silva, Mónica Almeida, Paula Mora, Paulo Abreu, Pedro David, Rafael Albergaria, Razguzz, Rogério Garcia, Susana Correia, e ainda Danças Na Cidade, Fórum Dança, Sindicato Dos Médicos Da Zona Sul, Rampa, Teatro Maria Matos/EGEAC.

agradecimentos especiais

a Maria do Rosário Coelho, pelo apoio dado ao trabalho de Voz e Dicção, e ao Teatro Experimental de Cascais, pela gentil cedência da actriz Fernanda Neves

GALERIA

Fotografias de Maria Campos

MATERIAL PARA DIVULGAÇÃO
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