Ilhas – Karnart

Guimarães

Festival Gil Vicente

Centro Cultural de Vila Flor, Pequeno Auditório

15 e 16 de Junho de 2012

respectivamente às 22.00h e 16.00h

Porto

Teatro Nacional São João

Mosteiro de S. Bento da Vitória

31 de Janeiro a 03 de Fevereiro de 2013, 21.30h

Lisboa

São Luiz Teatro Municipal / EGEAC
08 a 17 de Fevereiro de 2013

terça-feira a sábado 21.00h, domingo 17.30h

ILHAS, exemplo paradigmático do conceito de perfinst, parte de “As Ilhas Desconhecidas” de Raúl Brandão, clássico de literatura de viagem escrito durante uma estadia de dois meses nos arquipélagos dos Açores (maioritariamente) e da Madeira, em 1924. Um denso processo dramatúrgico selecionou passagens da obra e agrupou-as por temas, inspiradores de ambiências sonoras e instalações; estas, subordinadas também a objetos ditos com alma maioritariamente recolhidos durante uma residência de vinte dias na ilha do Pico, foram tomando forma para, em mesas-ilha, contaminarem intérpretes e adensarem personagens. O espectáculo propunha aos espectadores narrativas individualizadas na medida em que, ouvindo as palavras de Brandão submersas numa belíssima banda sonora e deslocando-se entre zonas de representação simultânea, escolhia o que queria ver encontrando o seu próprio sentido e universo de uma, agora sua, viagem. Em cena, cada uma de cinco ilhas era composta por uma mesa-armazém onde estavam organizados os objetos, uma mesa-palco onde as instalações eram ciclicamente compostas, e um intérprete que se inspirara nas paisagens físicas e humanas ofertadas por Brandão.

concepção, direcção e narração	Luís Castro
co-direcção artística e imagem para divulgação	Vel Z
interpretação	Bibi Perestrelo
	Mónica Garcez
	Filomena Cautela
	André Uerba
	André Santos
paisagem sonora	Adriano Filipe
desenho de luz	Daniel Coimbra
caracterização	Ana Frazão
	Karina Sterczl
costureira	Lourdes Vaz
produção executiva Açores	Anabela Morais
assistência à direcção	André Santos
estagiários	Jessica Ascenso
	Inês Mendes
	Ricardo Foz

co-produção

Guimarães 2012 Capital Europeia de Cultura / A Oficina
Teatro Nacional São João
São Luiz Teatro Municipal / EGEAC

financiamento institucional

Governo de Portugal / Direcção-geral das Artes

apoios

Câmara Municipal de Lisboa, GDA Gestão dos Direitos dos Artistas, Made2Wear

agradecimentos especiais em Lisboa

Cristina Duarte, Maria do Rosário Morgado Maia, Maria Filomena Fernandes

agradecimentos nos Açores

Alexandra Vale, Aline Depres, Fátima Madruga, Filipe Porteiro, Hélder José, Neves Bettencourt, Humberta Serpa, João Lopes da Silva, Lúcia Pacheco, Manuel Serpa, Mauro Matos, Renata Silva, Salomé Meneses, Tiago Porteiro, e ainda Banda Sociedade Recreio União Prainhense [Pico], Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos [Faial], Escola Regional de Artesanado de Santo Amaro [Pico], Hortaludus E. M. [Faial], Jornal Fazendo [Faial], Museu da Horta [Faial], O Alvião A. P. S. P. C. S. João [Pico].

Fotografias de Espectáculo de Vel Z

Fotografias de ensaio de Filomena Cautela

Caderno de Programação CCVF

Programa CCVF

Spot Audio TNSJ

Mupi TNSJ

Postal TNSJ

Folha de Sala TNSJ

Cartaz SLTM

Caderno de Programação TNSJ

Agenda Cultural SLTM

Jornal Incentivo, Leonarda Dias - 23 de Julho de 2012

Fazendo, Luís Silva - Agosto de 2012

TSF "Fila J", José Carlos Barreto

Diário de Notícias, Ana Fernandes - 31 de Janeiro de 2013

Visão, Joana Loureiro - 31 de Janeiro de 2013

Público, Ípsilon, Inês Nadais - 01 de Fevereiro de 2013

Expresso, João Carneiro - 02 de Fevereiro de 2013

Jornal de Letras, Maria Leonor Nunes - 06 de Fevereiro de 2013

RTP "24 Horas" - Fevereiro de 2013

Sorte mesmo!!! Acabei de vir do espectáculo e estou de alma cheia! Excelente trabalho. Parabéns equipa.

Soberbo! Magnânimo! Grandioso! Sublime! Foi fantástico!!! Não percam porque disto há pouco... ou melhor, não há de todo assim tão bom, são os 5 sentidos despertos em cada quadro vivo querendo sempre ver, ouvir, sentir mais um pouco... o texto, a música, os elementos físicos que nos transportam para longe, numa viagem ao fundo dos seres que nos habitam... a terra que se entranha no mar revolto e a espuma das ondas que se funde nos rochedos da alma das gentes. Muito bom!

Aconselho vivamente. Uma vez mais, todo o Universo Karnart reunido numa viagem que conduz o espectador a uma vivência sensorial, tendo como origem, o arquipélago dos Açores. A resistência mantém-se.

Mais uma vez fui surpreendida com a delicadeza do seu trabalho e o de todas aquelas pessoas envolvidas. Comovida até agora... Obrigada mais uma vez pelo presente.

Se existem ARTES SUPERIORES o que tu e aquelas todas PESSOAS fizeram hoje no teatro S. LUIZ é um ACTO SUPREMO. OBRIGADO.

Um espectáculo pleno de rigor, beleza e emoção. Regresso a Raúl Brandão com grande intensidade. A dimensão sonora/musical tem neste espectáculo uma particular relevância. Parabéns e obrigado.

Felizes os que vos podem ver. Felizes os que podem pôr o olhar sobre as vossas mãos. Felizes os que acreditam em projectos, na coerência e na possibilidade, com calma e alma. Felizes os que duas horas de uma vida ouvem as palavras e deambulam pelos objectos, certos e vivos naquele exacto momento

Obrigado por tudo. Por essa viagem maravilhosa. Fizeram-me ter saudades da minha ilha, a minha casa. Do início, da construção de um quadro, ao estar e eternizar, fabuloso. Obrigado!

Mais uma vez a Karnart dá corpo às palavras ásperas de Raúl Brandão. A rudeza basáltica do texto ganha vida. Mais um passo no desenvolvimento da "Perfinst" com a delicadeza e generosidade do costume. Um texto secular mas pejado de uma portugalidade actual. Árduo para os actores. Tal como as palavras do R. Brandão e tal como as ilhas, tudo a contrastar com a delicadeza dos objectos. Impossível sempre sair de um espectáculo vosso indiferente. Acho sempre de uma generosidade tremenda o vosso trabalho. Foi um serão com todos os sentidos espicaçados. OBRIGADO.

A expectativa era outra, indefinida, nunca próxima da performance dada ao texto e à música. Difícil entrar, encantador e exigente. Muito desafio para públicos impreparados. Gostei muito. Deixei-me levar pelos diferentes ingredientes. Obrigado pela conjugação texto, música e coreografia com os objectos singulares triviais e sinistros. Fico com a alma açoreana.

A interpretação, dura, monótona, faz lembrar e provar o que um passado de outros tempos faz sentir nas almas duras e sofridas de quem vivia tempos de agruras e desesperos, assim como o desespero e monotonia infligida ao público que assiste a esta obra.

Sem dúvida criativo, mas falta algum dinamismo para prender a atenção do público durante todo o espectáculo. Bom trabalho.

Gostei muito! Mais uma vez positivamente surpreendida.

Foi inspirador, poético, pintura em movimento, comovente, estranho, desconfortável, sensível, sensorial e um desejo de querer mexer e querer participar e envolver-me naquele mundo.

Gostei imenso de "participar" da cena. O texto é lindíssimo; a música envolvente; as memórias, os objectos e os gestos transportaram-me "lá"... A "Voz", como maestro da orquestra, foi segura, límpida e emocionante. Parabéns a todos. Abraço amigo.

É sempre de Alma cheia que saio dos Perfinsts da Karnart. Um universo onírico, carregado de tantos lugares, povoado de todas as Palavras, toda a essência do Verbo... do ser e do Estar. Um lugar que é todos os lugares... representação de tantas partes que habitam em cada um de nós. Um retrato de tempos de antanho e de outros que hão-de vir. Obrigado por continuarem a fazer da soma das Partes o Todo que me preenche.

Uma experiência pungente, dolorosa, telúrica. Uma melopeia visual, de gestos e fragmentos enleados. Um canto negro e fundo de um amor fundo e negro àqueles nove pedaços de mar rodeados de terra, com o céu como chão e a pedra feita tecto esburacado. Obrigado.

É um espectáculo maravilhoso que se vai instalando em nós, deixando uma pacificação profunda e pungente. Obrigado.

Cada vez gosto mais de espectáculos onde a imaginação e criatividade não têm limites, e onde a atmosfera se sobrepõe ao lado mais racional do ser humano, onde o seu lado mais sensível é estimudado e acordado - este espectáculo é um deles. Um espectáculo onde fiquei com saudades de um lugar onde nunca fui. Este espectáculo levou-me lá. Obrigado!

É um trabalho de grande sensibilidade e cuidado estético, com um grande carácter antropológico mas tocando o sentimento colectivo português. Todos nós somos uma ilha, e cada um a habita à sua maenira. Identidade, é bom encontrar, é bom partilhar. Passei duas horas de prazer!

Apesar de longo, o cansaço torna-se entrega. É de uma ternura comovente. Obrigada.

Belíssimo espetáculo, acabei de voltar, ainda em estado onírico, agradeço às intensas sensações provocadas pelo trabalho do grupo Karnart.

A imensa beleza e dádiva de "Ilhas" chega-nos pelo corpo de uma voz que nos oferece o texto poético, pleno e libertador de Raul Brandão. Os quadros vivos que se compõem e desfazem iluminam o texto, transfiguram-no, e tecem essa delicada linha de vida que acolhe os objectos e os corpos e nos faz escutar as histórias que eles nos contam. "Ilhas" misteriosas e nossas, que nos fazem sonhar.

Memórias e imagens, momentos e expressões, objectos e movimentos, corpos e palavras, luz e sombra, um e muitos... muito bonito. Muito bonita, também, a performance dos espectadores, viajantdo entre ilhas. E Raúl Brandão, ainda bem, outra vez.

Um universo das Ilhas, com muito rigor e bom gosto.

Senti-me transportada pelas histórias contadas pelos "quadros" criados, pela expressão dos actores e pela música das palavras... Saltei de ilha em ilha, ávida de imagens, de histórias, encantada com cada pedra, cada objecto - tantos e usados de uma forma que por vezes me fez sorrir, outras vezes apertou-me o coração. Parabéns por tudo! A iluninação, o som, a escolha de textos e beleza dos "quadros" criados e a entrega de cada um dos actores. Muito obrigada, mesmo!

Parabéns. Louvor à diferença, na criatividade, na sensibilidade, na ousadia. Momento total na ritualização dos gestos, nas invocações, na música. Raúl Brandão merecia esta expressão, esta leitura. Abraço-vos enternecida.

Muito belo, de grande sensibilidade estética e poética, fazendo jus ao belíssimo texto de Raúl Brandão com belíssimo som a acompanhar. Espectáculo inteligente. Obrigada.

Um espectáculo MARAVILHOSO.

Viajem entre ilhas... Mergulha-se no universo profundo das Ilhas, pelas palavras de Raúl Brandão, pelo imaginário de Luís Castro e seus intérpretes. Os objetos instalados com tanta delicadeza, deslocam-nos para um universo intímo, ficamos lá suspensos, antecipando a qualquer momento uma erupção. Reflexivo, poético com as cores de todo o mar, cheiros de vida e morte. Obrigada Karnart pela vossa identidade, estética e propostas artísticas marcantes!

Espantosamente rigoroso, de uma beleza estética omnipresente. Toucou-me de várias formas e por várias vezes, fazendo-me repensar para que estamos aqui. Obrgoado e parabéns.

Soberbo Raúl Brandão, admiravelmente desenvolvido, na recriação de palavras e ambientes, inclusivé sonoros, que nos reconciliam com a nossa humanidade. Obrigada e um abraço.

Parabéns. Espectáculo Muito Bom. Depois desta hora com Raúl Brandão apetece voltar a ler a sua obra.

Excelente espectáculo a todos os níveis: representação, música, poesia, uma totalidade artística de grande qualidade.

Espectacular.

Caro Karnart, quando um artista - ou um conjunto de artistas - tem uma linguagem e que tu a acompanhaste nas suas estações principais, quando nos encontramos (e sacralizado o encontro com um ritual), só pode acontecer maravilhamento. Quando o ecncontro se faz sob o signo da "anatomia" - ou do "teatro-que-foi-anatómico", só pode acontecer felicidade. Sempre tua,

Gosto imenso do vosso trabalho, muitos parabéns.

Lindo espectáculo: inovador & original !! Viva o Perfinst !!!