O Convento

Imagem de Vel Z
LOCAL E DATAS
Lisboa
Teatro Maria Matos
20 a 22 e 24 a 28 de Novembro de 2011
segunda-feira a sábado 21.30h, domingo 18.00h
APRESENTAÇÃO

Uma visita ao Convento de Nossa Senhora do Desterro, em Monchique – fundado por D. Pêro da Silva em 1631 e entregue à ordem terceira de S. Francisco, destruído pelo terramoto de 1755 – foi ponto de partida para o lançamento de uma residência artística de vinte e cinco dias que permitiu a criação de O CONVENTO. Apresentado no interior da caixa de palco do Teatro Maria Matos, o espectáculo contextualizava o passado histórico-patrimonial do monumento destacado-lhe a envolvente arbórea e abordando questões ambientais e ecológicas relacionadas com as serras da Fóia e da Picota, mas privilegiava, em vertente audiovisual, o testemunho de uma família com fracas posses materiais que nas ruínas daquele espaço à altura habitava: uma mãe, dois filhos, uma nora, dois netos, e respectivas galinhas-do-mato, gatos, araucária e buganvílias. Artesãos de Monchique ofereceram ao projecto o seu universo, enriquecendo-o, e construíram-se, sob supervisão da figurinista e artista Teresa Campos, peças de figurino e instalação a partir de desperdícios humanos recolhidos na serra.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

conceito, direcção e instalação

Luís Castro

colaboração plástica e imagem para divulgação

Vel Z

produção executiva

Rita Conduto

assistência dramatúrgica

Claudia Galhós

assistência à direcção e recolha de som

André Santos

interpretação

Bibi Perestrelo


Filomena Cautela


André Amálio

fotografia e vídeo

Patrícia Rego


João Pedro Gomes


Vel Z

reutilização de desperdícios, "arte do lixo"

Teresa Campos

iluminação

Alexandre Costa

sonoplastia

Emídio Buchinho

caracterização

Ana Frazão

assistência à instalação

Inês Cruz

Pedro Caetano

FINANCIAMENTO E APOIOS

co-produção

 Maria Matos Teatro Municipal / EGEAC

financiamento institucional

Presidência do Concelho de Ministros – Secretaria-geral da Cultura / Direcção-geral das Artes

apoio

Ana Castro, Câmara Municipal de Monchique, Vila Termal das Caldas de Monchique SPA Resort, Câmara Municipal de Lisboa.

agradecimentos em Monchique

Dália Paulo, Ana Pinto, José Gonçalo Duarte, Eduardo Duarte, Paula Gervásio, Tiago Carvalho, Paula Gervásio, Solange Gonçalves, António Gonçalves, Graça António, João Gonçalves, Márcio Gonçalves, Cândida Duarte, Idalina Neto, António Canelas, Fátima Varela, Roquelina Varela, Carlos Duarte, Amélia Tomé, Maria Nunes, José Lourenço, Elisabete Rufino, João Torrinha, José Justo, João Paulo Nunes, Célia Silva, António Silva, Sandra Cereja, Rui Guerreiro, Alice Duarte, os meninos Zé Pedro Rosa e Martim Cereja, e ainda Direcção Regional de Cultura do Algarve, Junta de Freguesia de Monchique, Restaurante A Charrette, Restaurante Fonte dos Chorões.

agradecimentos em Lisboa

António Machado, Cristina Margato, Filipa Duarte Almeida, Miguel Honrado, Lucinda Lopes, Olga Roriz e Sara Carinhas.

GALERIA

Fotografias de Patrícia Rego e José Frade
MATERIAL PARA DIVULGAÇÃO

IMPRENSA

COMENTÁRIOS
Sentada na plateia de um teatro lisboeta, senti-me transportada para Monchique pelas imagens, pelos sons e pelos objectos tornados arautos da serra. Os actores são veículos orgânicos que relatam e que incorporam vivências, sem perturbar a autenticidade dos que ali habitam desde o momento em que foram gerados. Do discurso (aparentemente) ingénuo nascem as mais profundas cogitações, musicalizadas na pronúncia inimitável, na forma única de traduzir emoções. Monchique falou, é o que vos posso dizer. Obrigado KARNART C. P. O. A. A.
Ana Pintohistoriadora
Regresso comovido d'«O Convento». De vez em quando, a vida concede-nos a solenidade de certas alegrias afectivas. O Telurismo nuclear em versão cénica, medular, essencial, puro nas palavras e nos gestos, aquece-nos o sieníto do coração. Eufórico, orgulhoso e justificado na condição de cepa que não medra fora do torrão natal, é de chapéu nas mãos que agradeço aos meus amigos Luís Castro, Claudia Galhós, Vel Z, Rita Conduto, Patrícia Rego, João Pedro Gomes, André Santos, André Amálio, Bibi Perestrelo, Filomena Cautela e restante equipa da KARNART C. P. O. A. A. por esta inesquecível transfusão de soro geológico e cultural. As palavras vêm depois das emoções e sentimentos. E há emoções e sentimentos que ganham uma nova força e figuração depois da interpretação das palavras. Para mim, «Convento» é, agora e acima de tudo, a transcrição silenciosa e absoluta da palavra Orgulho.
Eduardo Duartegeógrafo monchiquense
Um dia memorável, e que fica assim marcado pelo trabalho de uma excelente equipa, que tive todo o gosto em apoiar, apesar das grandes dificuldades financeiras que os municípios atravessam. A aposta na cultura é um investimento importante e a prova é que nos dois dias em que a Câmara levou autocarros com pessoas de Monchique para Lisboa, todos ficaram agradados e por isso, uma vez mais, os meus parabéns a toda a equipa e pessoas que colaboraram com este trabalho.
Rui Miguel AndréPresidente da Câmara Municipal de Monchique
O vosso espectáculo tocou-me profundamente. É raro ser-se guiado de forma tão leve para uma realidade tão bruta e intensa. Lembro-me de ter pensado que hoje, neste nosso mundo, só assim, como fizeram, se pode ainda falar do que importa, sem nenhum género de "fogo-de artifício" desnecessário. Fui transportada para o essencial. Para a Natureza, para a vossa preocupação ecológica e humana. E essa intervenção não poderá deixar ninguém indiferente, porque estamos a ser testemunhas de uma realidade que vive lado a lado connosco. O espectáculo era de uma elegância e proximidade maravilhosas. E o momento mais criativo dos intérpretes era abraçado de uma forma tão bonita, respeitando tanto as pessoas que estávamos a aprender a conhecer. Queria dizer-vos acima de tudo do meu orgulho, da minha emoção, perante a peça que criaram.
Sara Carinhasactriz
Maravilhoso. Magistral. Único. Como é bom sentir o que senti. Muitos Parabéns.
Wagner Borgesactor
Ainda que O Convento tenha um aparato quase etnológico, a verdade é que a manobra artística é trazer ao teatro uma declaração de visita a um lugar com importância na arte de viver. O que por ali é dito – sobretudo a fala do homem, que é duma lucidez de espírito absolutamente de elogiar – vale muito do que não se diz e que poderia ser, precisamente, a tentação teatral de dizer algo mais. O que está é, então, um acto de defesa do património, humano e natural, simples e sem retaguardas retóricas. Obrigado por ter podido assistir. (...) Reafirmo o gosto pel'O Convento: as falas, dos que lá estão e dos que lá foram, ajustam-se muitíssimo bem. Todo o texto, portanto, é muito feliz. Reafirmo também que a fala do homem - toda ela - é de uma rara beleza. E o "não medo" da senhora é uma verdadeira iluminação por ali. Oxalá as suas vidas continuem o poema. Um abraço e continuação de boas aventuras. E a composição teatral é feliz também. Simples, sem retóricas, como te disse. E a mesa, claro... a mesa é um centro de eficácia poética.
Abel Nevesdramaturgo
Anterior
Next