Espaço Karnart
05 de Setembro a 11 de Novembro de 2006
Terça-feira a Sábado, 22.00h
2004 e 2005 foram anos de profunda transformação no seio da Karnart; a equipa de associados, até então estável, sofreu um enorme embate a que a sobrecarga de criação relativa ao último daqueles anos não foi alheia. Em 2006, após um semestre de obras no espaço para criação de condições de segurança aos espectadores, e de uma homenagem a uma Associada Honorária vital à Estrutura, só um objecto performativo de reflexão sobre a existência da Karnart fazia sentido gerar. Nasceu assim OPNI’s, “Objecto’s Performativo’s Não Identificado’s”, um conjunto de cinco eventos pluridisciplinares que se alicerçava em idêntico número de pilares do trabalho do colectivo, sempre com interpretação de Luís Castro, o primeiro dos associados fundadores: o espaço (recém-recuperado), o intérprete (o lado PERFormativo do conceito de PERFINST), os objectos (em instalação numa mesa, o lado INST do conceito), o passado (o legado, o historial) e o futuro. À terça-feira os espectadores eram recebidos em “OPNI I, O Espaço” por um indivíduo etnicamente estilizado que fazia uma visita guiada às instalações do EspaçoKarnart; à quarta-feira tinha lugar “OPNI II, O Actor”, em que o público tinha possibilidade de contribuir para a direcção de um actor a partir de cenas de “O Pecado de João Agonia” de Bernardo Santareno ou de “O Equívoco” de Albert Camus; à quinta-feira, em “OPNI III, A Improvisação”, os espectadores escolhiam objectos com os quais queriam que o personagem menino-marinheiro construísse instalações numa mesa iluminada; à sexta-feira, dia de “OPNI IV, O Passado”, uma teatróloga apresentava o passado da estrutura por via de dossiers e a outros suportes de documentação dispersos sobre mesas de lioz; sábado recebia o público interessado num “OPNI V, O Fim” em que a morte – na pessoa de um corpo masculino, vestido com fato e gravata e com sinais de agressão no rosto, jazendo imóvel numa grande caixa de luz – contrastava com a vida de seis cachorrinhos que, protegidos por uma cerca metálica, giravam em torno do féretro sob o olhar atento de uma guardiã, que também servia chá e disponibilizava cadernos e canetas aos espectadores submersos numa imponente banda sonora de matriz clássica.
concepção e produção | Luís Castro |
imagem, grafismo e audiovisual | Vel Z |
arquivo e restauros | Maria Campos |
sonoplastia | Sergionx |
assessoria de imprensa | Vanessa Fazendeiro |
montagem | Rogério Garcia |
limpezas | Mariana Markova |
apoio audiovisual | João Correia |
spot publicitária | João Pedro Gomes |
carpintaria | Ugo Froes |
OPNI V teve, para além da presença de Luís Castro como defunto, a participação das actrizes Isabel Gaivão ou Joana Furtado como anfitriãs, e de oito cachorinhos, filhos de Drakull (cão da raça vizsla húngaro, de LC) e Rosa (cadela arraçada de perdigueiro português e pointer, de Adriana Freire).
financiamento institucional
Ministério da Cultura / IA – Instituto das Artes
apoio
agradecimentos
Adriana Freire, Alexandre Leitão, Bibi Perestrelo, Célia Ramos, Cláudia Galhós, Fernando Ferreira, Gisela Barros, João Paulo, Jorge Palma, Maria João Neves, Miguel Loureiro, Patrícia Rego, Pedro David, Pedro Zaz, Regina Duarte, Rita Bonito, Rita Tomé, Salomé Ferro, Sérgio Aragão, Susana Carvalho, Susana Correia, Suzana Borges, e ainda Convento de Santo António – Tavira, ETIC, Teatro O Bando.
agradecimentos especiais
Rosa, Drakull, e cachorros